Comecei na corretagem em uma época difícil. Imagina vender e alugar imóveis durante o plano cruzado? Teste para cardíaco, não é verdade? O fato é que eu e meu marido estávamos com tudo bloqueado. Detalhe: tínhamos 3 crianças em casa, nossos filhos. O mais novo estava com 11 anos, o do meio 13 e o mais velho estava com 15 anos. Resumindo: contas atrasadas. Eu precisava fazer alguma coisa para ajudar, pois estava aflita. Infelizmente, colocamos nossa casa à venda, pois o cenário era assustador.
Um dia relatei a situação para uma amiga corretora. E desse papo surgiu a ideia de entrar no mercado imobiliário. Ela me motivou e até indicou um lugar que estava admitindo profissionais da área (mas eu não era da área e muito menos profissional). Mesmo assim mostrei a cara, isto é, fui para a entrevista e advinha? Fui contratada.
Cinco meses depois, eu já tinha feito 3 locações e 2 vendas e, graças a Deus, desistimos de vender nossa casa. Afinal, eu já estava vendendo as dos outros.
Atendo até hoje meus clientes daquela época. E mais: atendo os filhos e amigos deles; e isso me enche de orgulho.
Eu gosto de ser corretora. Sinto uma alegria imensa ao perceber que o cliente confia em mim e na minha experiência. Ah, quase me esqueci; hoje, os meus filhos já estão formados, em ótimas faculdades diga-se de passagem, e atuam em grandes empresas. A corretagem me deu tudo isso. Reconheço os momentos difíceis, cenários complexos; mas é preciso confiar, acreditar na sua forca, no seu feeling de mulher e de profissional.
Esse é um pouquinho da minha história. E eu tenho muito orgulho dela. Acredite!
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