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Edição 07 de maio 2018
Convivência
 
 
A AUTONOMIA E SUA FUNÇÃO SOCIAL
O desenvolvimento da autonomia na infância permite a construção de uma personalidade saudável, que está diretamente ligada, por exemplo, à autoestima, pois uma criança autônoma se sente capaz de se comunicar e se relacionar com o mundo de forma eficiente. Enfim, tenta resolver seus problemas sem a dependência dos pais (e outros adultos, como professores, por exemplo) e tem como ganho uma maior segurança em relação às suas próprias capacidades.

Para que a criança se torne autônoma, ela necessita ser autorizada por seus responsáveis a crescer e se desenvolver, o que nem sempre é uma tarefa fácil! A criança, orientada e estimulada à autonomia desde a tenra idade, terá benefícios cognitivos, sociais e emocionais. A escola e a família precisam caminhar em parceria para mediar este processo.

Como trabalhamos a autonomia no ambiente escolar?

Nas turmas do 1º ao 4º ano, as professoras orientam seus alunos desde o primeiro dia de aula a atuar com autonomia e proatividade. Dessa forma, elaboram alguns combinados fundamentais para que os alunos entendam o ritmo de trabalho e se apropriem de suas responsabilidades e funções sociais dentro do ambiente escolar, tais como:

• na subida para sala de aula, não há mais a necessidade do acompanhamento dos pais e/ou responsáveis. Pelos corredores ou pátios, há sempre um colaborador da escola para orientar os alunos. Vale lembrar, também, que é responsabilidade de cada aluno levar seu próprio material escolar (mochila);
• ao chegar à sala, cada aluno cuida de sua mochila, administra agenda e organiza seus materiais escolares;
• na hora do recreio, a autonomia é fundamental para que a criança possa convocar seus amigos para brincar – sugerindo e elencando brincadeiras;
• os alunos maiores já são estimulados a realizar a autocorreção das atividades;
• ao receber uma atividade pedagógica para realizar, a professora explica e espera alguns minutos para que o aluno tenha um tempo para refletir e tentar fazer sem interferência;
• as crianças são orientadas, constantemente, a amarrar os cadarços e, a partir do momento em que mostram que aprenderam, a professora não fará por elas;
• quando surgem conflitos entre as crianças, a professora estimula e questiona qual seria a melhor forma de resolvê-los e, sob seu olhar atento, aguarda para que elas achem e verbalizem as possíveis soluções;
• organização e independência à mesa na hora do almoço. As crianças são estimuladas a servir seus alimentos e, também, a manusear os talheres.

É importante que, em casa, as crianças sejam estimuladas a crescer e a aprender a fazer coisas que antes não conseguiam realizar sozinhas, como por exemplo: arrumar a cama e brinquedos, calçar o sapato e vestir a roupa, retirar o prato da mesa após a refeição e contribuir para arrumação do lar. Além destas tarefas em casa, é importante que, no ambiente escolar, as crianças sejam estimuladas pelos pais a resolver os conflitos, encorajando-as a ter autonomia e resiliência nos desafios do dia a dia.
Expediente
Presidente do Diretório de Pais: Daniel Szwarcwald
Diretora Geral: Célia Saada Filomeno
Comunicação: Raquel da França Fróes
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