Durante o mês de Kislev, celebramos Chanucá, uma festividade que comemora um evento histórico que ocorreu há 2200 anos: a liberação do Templo das mãos dos gregos. Chanucá é uma festa maravilhosa e mágica. A história da festividade inclui vários elementos milagrosos, como a vitória do pequeno grupo de hashmonaim contra o forte exército grego e a pequena jarra de óleo que ardeu durante oito dias ao invés de só um dia.
A festa também trata da luz. A luz pode parecer muito comum, mas quando olhamos mais de perto, podemos apreciar como é especial.
Chanucá não é apenas a “festa das luzes”, é também a festividade da coragem, do heroísmo, da defesa da identidade judaica e da luta pela soberania judaica na terra de Israel. Segundo relatos tradicionais desta história, os principais herois são os homens da família dos macabeus. A família liderou, pelo ano de 168 a.e.c, a revolta dos judeus contra as autoridades gregas.
Existe um encanto especial na festa de Chanucá. Todos a celebram.
O símbolo de Chanucá é precisamente a menorá. Qual o poder da menorá para conseguir esta atmosfera de unidade entre os judeus? Não há nada de especial nessas pequenas velas alinhadas em fila. É verdade que uma vela não aporta muita luz, mas estas velas não estão destinadas a iluminar.
Não está permitido usar a sua luz, mas cada vela tem um significado especial. Uma vela não se parece a outra, assim como o dia de hoje é diferente do de ontem. A cada dia se acrescenta uma vela.
Em um dia normal, nem sequer contaríamos a quantidade de velas. Mas em Chanucá, todos somos muito cuidadosos com a quantidade de velas, e quem vê uma chanukiá acesa na janela ou junto à porta não consegue evitar contar as velas.
Cada um de nós é uma luz pequena e todos juntos somos uma luz intensa. Cada um de nós é essa pequena vela na chanukiá. Ao parecer, uma pessoa não acrescenta muito ao mundo. Mas a verdade é que cada um de nós, como a vela na chanukiá, é quem faz a diferença entre o ontem e o hoje.
Cada um deve descobrir as forças que tem, e aproveitá-las para que o dia de hoje seja diferente do dia de ontem. Isto é o que Chanucá diz a cada um de nós: assim como os Hashmonaim entenderam que só eles poderiam mudar a grande história em virtude de sua determinação e da sua vontade, cada um de nós deve sentir que somente ele pode mudar a história.
Cada um é uma vela pequena e todos juntos somos uma luz intensa, não muitas luzes pequenas, mas sim uma luz única. Quando cada um de nós conhece seu próprio significado como essa pequena luz, pode unir-se com outras luzes e criar uma grande luz.
Uma nova luz iluminará Eretz Israel e todos aproveitaremos essa luz.
Chag Chanuká Sameach!
— Anita Goldberg e Abigail Nun, Coordenadoras de Estudos Judaicos