Liessin em 5: Foi através do Liessin que vocês puderam aprender mais sobre Xadrez ou vocês desenvolveram esse interesse fora?
Leonardo: Meu irmão e meus amigos me incentivam bastante a aprender mais. Além disso, teve a série (O Gambito da Rainha) que influenciou bastante e os diversos sites com opções para praticar, onde pude jogar.
Renato: Aqui, na escola, fiz a oficina de Xadrez, foi lá que pude aprender o básico do jogo. Como por exemplo o “Mate da Escadinha”, o “Mate do Pastor” e a movimentação das peças. O restante foi em casa, vendo vídeos e jogando.
Luiza: Nós fizemos oficinas quando pequenos, algumas coisas daquela época não lembramos.
Le5: De quem surgiu a ideia do Open Chess?
Leonardo e Luiza: Do Renato!
Renato: Eu e a Luiza pensamos em morar nos Estados Unidos e estudar lá. A minha irmã trabalha, atualmente, na seleção de alunos para universidades de fora, e ela havia comentado comigo sobre um aluno que tinha um perfil muito parecido com o meu: de participar de muitas Olimpíadas. Um detalhe sobre ele me chamou a atenção, de ter criado uma Olimpíada de Matemática na escola dele. Pensei então, como gosto muito de xadrez, em criar uma competição de xadrez. Nos mobilizamos entre nós 3, e comecei a criar um documento falando sobre o projeto do Open Chess e fomos desenvolvendo para poder apresentar para a Escola.
Le5: Como o Liessin abraçou a ideia de vocês e ajudou a ser desenvolvida?
Luiza: Eu fiquei muito surpresa com a forma como o Liessin abraçou a nossa ideia. A Débora (Coordenadora de Oficinas) me falou que já tinham em mente fazer uma semana do xadrez. Após conversarmos, nos dirigimos à Kellen (Psicopedagoga do Ensino Médio). A Kellen foi nos direcionando para conversar com a direção e todas nos deram muito suporte. Conversamos, também, com o Mascarenhas (professor de xadrez), e a Escola nos deu apoio suficiente para conseguirmos realizar.
Renato: Chegamos a falar com a Luciana, que é muito aberta a essas ideias e transformou nosso torneio em um evento muito maior, aproveitando a nossa ideia. O colégio já planejava a semana do xadrez e nos ajudou bastante.
Le5: Como vocês se sentiram vendo o sucesso do projeto, em todos os segmentos?
Leonardo: Eu me senti feliz em ver tanto sucesso na escola. Houve bastante empenho para atrair todas as séries.
Renato: Logo no início do ano eu tinha percebido “a febre do xadrez”, via muita gente usando o celular para jogar xadrez, algo que nunca passou pela minha cabeça! No primeiro dia do torneio, um colega nosso que não sabia jogar xadrez entrou de última hora e começou a se envolver. Chegou a jogar no recreio e tentou aprender com a gente, ficou em quarto lugar. E, também, tinham mais de 10 pessoas assistindo às partidas dele, torcendo.
Luiza: O mais surpreendente não foi só a participação das pessoas no torneio, mas o apoio de quem não jogou com relação a quem estava jogando. Nos deram suporte o tempo todo, sempre buscando se inteirar dos resultados, assistindo, ficando juntos e tensos.
Le5: Vocês sentem que o sucesso se deve também à cultura acadêmica da Escola, ou existem mais fatores, como a comunicação do evento e o esforço da Coordenação de Oficinas?
Renato: Eu acho que a série (“Gambito da Rainha”) foi muito importante, sem ela praticamente não teria o torneio. Mas, também, o xadrez já ser comum na escola ajudou muito. É o que eu falo, todo mundo já sabe os movimentos, já conhece as peças, por que não se inscrever? Eu acho que a Coordenação entrar nas salas e conversar ajudou bastante também. Quando enfim foi anunciado oficialmente, a turma comemorou muito e nos parabenizou.
Luiza: Quando foi anunciado pelas redes sociais, a turma deu grande apoio. Nos avisaram inclusive em sala.
Le5:Vocês acham que o xadrez é um jogo que pode promover laços e afeto?
Renato: Eu acho que sim, criei rivalidades com alguns dos meus oponentes. Mas uma rivalidade positiva, eu acredito. Uma coisa que foi “maneira” era que todos os dias em que havia jogos, tiramos fotos das tabelas, para aumentar o hype (expectativa) dos confrontos.
Luiza: Não só tiveram laços entre os jogadores, digamos assim, como também houve laços com os “torcedores”. Houve muito apoio.
Leonardo: Eu achei interessante os fã-clubes que se formaram.
Luiza: Os professores também tiveram papel fundamental, sempre interessados e buscando nos auxiliar.